Kit Sire NitraseSegundo o último relatório do Ministério da Saúde, cerca de 70 mil casos de tuberculose são registrados anualmente somente no Brasil, e destes doentes aproximadamente 4.5 mil acabarão em óbito, mesmo com tratamento.
Esse cenário é influenciado pela facilidade na transmissão que ocorre de forma direta, ou seja, de um doente ao outro, principalmente pela via respiratória, ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir. As projeções apontam que um doente infectado pode contaminar, em média, de 10 a 15 pessoas.

Os números são complementados por pesquisa da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) ao apontar que para cada 10 pacientes diagnosticados com a doença, um vai ser resistente aos medicamentos disponíveis no mercado. Segundo o documento o problema é agravado pela dificuldade para a realização do diagnóstico e tratamento.

Atualmente, mesmo os testes realizados para detecção precoce da doença demoram em média cinco dias úteis para o paciente obter o resultado e tem foco somente em identificar a existência da doença. Na maioria dos casos os testes de resistência ao Mycobacterium tuberculosis (bacilo causador da doença) nem chegam a ser realizados.

Alternativas com possibilidade efetiva de contribuir no rápido diagnóstico ainda estão em estudos. Na USP está em desenvolvimento uma pesquisa genômica cujo objetivo é diagnosticar precocemente a doença; enquanto a UFMG desenvolveu uma tecnologia que foi licenciada pela PlastLabor, o KIT-SIRE Nitratase, que possibilita a detecção de resistência do Mycobacterium tuberculosis aos fármacos anti-tuberculose, com maior agilidade. Nos testes, a precisão de resultados foi superior a 90%.

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